SÃO PAULO – Mais de 800 pessoas de 70 países participaram do último evento preparatório para a oitava edição do Fórum Mundial da Água, que acontece em Brasília, em março de 2018. Neste “2º Encontro das Partes Interessadas”, realizado entre terça-feira (25) e quinta-feira (27), o objetivo foi dar forma aos cerca de 100 painéis que acontecerão durante os cinco dias de Fórum. Participaram representantes de governos, empresas, instituições financeiras, universidades, organizações não governamentais (ONGs) e da sociedade civil. “A diversidade das organizações e instituições aqui representadas destaca uma verdade fundamental sobre a água: embora a gestão da água seja predominantemente uma questão local, as consequências de uma má gestão refletem em uma questão global”, afirmou Benedito Braga, presidente do Conselho Mundial da Água, que organiza o Fórum.
Os organizadores esperam reunir 15 mil pessoas em 2018 e, para isso, têm se esforçado para ouvir, nesta fase de preparo, tanto especialistas quanto o público em geral. Por meio da plataforma “SuaVoz”, disponível desde fevereiro deste ano no site do Fórum Mundial da Água, qualquer pessoa pode opinar sobre os temas que devem nortear o evento. Na ferramenta, seis salas de discussão focam em debates sobre clima (segurança hídrica e mudanças climáticas), pessoas (água, saneamento e saúde), desenvolvimento (água para o desenvolvimento sustentável), urbano (gestão integrada de água e resíduos urbanos), ecossistemas (qualidade da água, subsistência de ecossistemas e biodiversidade) e finanças (financiamento para segurança da água). Serão três rodadas de debates dentro da plataforma. A primeira foi concluída em 23 de abril e recebeu mais de 20 mil visitantes em 35 sessões de discussões que geraram 555 contribuições. As colaborações foram apresentadas durante o “2º Encontro das Partes Interessadas”.
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Ainda nesse esforço de inclusão, há a iniciativa “Fórum Cidadão”, que tem como objetivo estimular a participação da sociedade civil, organizada ou não”, nas discussões do fórum, que, não à toa, tem como tema “Compartilhando Água”. ONGs, comunidades locais, produtores rurais, empresários e movimentos indígenas, de gênero e da juventude vêm sendo instados a participar por esse braço do evento. Trata-se de uma “maneira de envolver nas discussões os cidadãos que geralmente não recebem informação sobre questões relativas à água”, dizem os organizadores.
