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SÃO PAULO – Cerca de três em cada quatro empresas de grande porte listadas nas principais bolsas de valores do mundo ignoram os riscos climáticos. O dado é de levantamento conduzido pela consultoria global KPMG, que revisou os relatórios anuais das 100 maiores empresas de 49 mercados, totalizando 4,9 mil companhias pesquisadas. Incríveis 72% delas sequer mencionam os riscos financeiros que podem surgir em função das mudanças climáticas. “Até entre as maiores companhias do mundo, são poucos os casos de entrega desses indicadores”, disse José Luis Blasco, chefe de serviços sustentáveis da KPMG, à frente do estudo.

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Aos poucos, reguladores e investidores devem começar a exigir o dimensionamento e a divulgação, nesse tipo de relatório, do nível de exposição das empresas e do ramo em que elas atuam aos riscos trazidos pelas mudanças climáticas. Recentemente, a “Task Force on Climate-Related Financial Disclosures” (TCFD, ou “Força-tarefa para a Divulgações Financeiras ligadas ao Clima”, em tradução livre), vinculada ao Financial Stability Board (FSB, ou “Board de Estabilidade Financeira”, em tradução livre), um órgão multinacional criado para garantir o bom funcionamento dos mercados financeiros, recomendou que empresas listadas em bolsa não só registrem, como detalhem os riscos aos quais estão expostas.

Confira os dados referentes ao Brasil e aos outros
48 mercados pesquisados

Para a TCFD, as consequências da evolução da economia mundial para um novo paradigma de baixa emissão de carbono precisa começar a ser precificada e apresentada, de forma didática e escalonável – a depender da evolução nos diferentes cenários -, para os investidores.

Leia a pesquisa na íntegra (gratuita, em inglês) intitulada “The road ahead: The KPMG Survey of Corporate Responsibility Reporting 2017”