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SÃO PAULO – Água poluída, abastecimento inadequado, saneamento inexistente e falta de higiene causam cerca de 80% das doenças e uma em cada quatro mortes nos países em desenvolvimento. A conclusão é que para revitalizar favelas em todo o mundo é preciso olhar para água, saneamento e desenvolvimento sustentável.

É o que pretende fazer o projeto, liderado pela diretora do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Monash, Rebekah Brown, que vai passar os próximos cinco anos reconstruindo favelas urbanas em Fiji e na Indonésia. Para a empreitada, o projeto recebeu uma bolsa de pesquisa de AUD $ 14 milhões (cerca de 33 milhões de reais) pelos prêmios Our Planet Our Health, da Wellcome Trust, e mais AUD $13 (cerca de 30 milhões de reais) do Banco Asiático de Desenvolvimento.

Veja vídeo sobre projeto (em inglês): 

Os dois países foram escolhidos por seus diferentes desafios culturais e climáticos. Os pesquisadores sentiram que trabalhar nesses dois cenários permitiria uma aplicação mais ampla da abordagem em favelas urbanas com cada comunidade reciclando suas próprias águas residuais, coletando água da chuva, criando espaço verde para purificação de água e cultivo de alimentos. As lições aprendidas nos cinco primeiros anos do projeto poderão ser aplicadas em outros lugares.

Nova abordagem para as favelas
Brown afirma que a abordagem centralizada de “grandes tubulações” não funciona em favelas urbanas pobres, onde ocorre defecação aberta que contamina todas as fontes de água. A pesquisadora afirma ainda que o processo precisa ser completo – com fornecimento de água potável e banheiros com saneamento. “Se fornecêssemos apenas os banheiros, como muitos programas de auxílio fazem, não estaríamos resolvendo o problema da contaminação da água. Criaríamos um ciclo de saúde ruim”, afirma.

 

O objetivo do projeto é reduzir a exposição das comunidades à contaminação fecal do ambiente, assegurando um abastecimento de água mais seguro e confiável. “Nós vamos capturar e reciclar a água da chuva”, disse Brown ao jornal The Australian. “E providenciar sanitários e sistemas de tratamento de águas residuais. Vamos fazer isso a partir do uso de tecnologia de baixa energia verde que vai acabar com os detritos e fornecer uma fonte adicional de água.”