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SÃO PAULO – O consumo mundial de energia, seja ela produzida a partir da queima do carvão, óleo, gás ou de fontes renováveis, está em queda, segundo dados consolidados no primeiro semestre de 2016 pelo Deparamento de Energia do Estados Unidos. O levantamento mostra ainda que, apesar da queda no consumo mundial da energia, o PIB do planeta continua a crescer, o que indica que é o aumento da eficiência no consumo de energia que está impulsionando a tendência de queda.

Segundo especialistas, os resultados podem ainda ser interpretados como uma tendência, positiva e de longo prazo, no sentido da redução dos impactos indiretos do crescimento econômico sobre os processos de mudanças climáticas, motivadas, pelo menos em parte, pela emissão de gases de efeito estufa.

A medida analisada pela pesquisa do Departamento de Energia dos EUA que indica o quadro se chama intensidade energética e correlaciona produção, em dólares, com BTUs (British Thermal Units), unidades de medida de energia que equivalem a 252,2 calorias. Nesse sentido, quanto mais baixa a intensidade energética, mais eficiente o processo produtivo já que ele produz mais valor (dólares) por menos energia (BTUs). Globalmente, a intensidade energética mundial caiu quase 30% entre 1990 e 2015. Só entre 2014 e 2015 a queda foi de cerca de 2%.

“Essa queda dramática e contínua na média mundial da intensidade energética indica, de forma bastante direta, que os investimentos em medidas que buscam a eficiência energética têm impacto direto sobre as emissões globais de carbono”, disse o climatologista americano Michael Mann, da Universidade Estadual da Pensilvânia, ao GreenBiz. “É uma notícia excelente”, afirma.