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SÃO PAULO – Não é de hoje que a Ford dá demonstrações claras do seu compromisso com a agenda sustentável. Já faz alguns anos, por exemplo, que a gigante americana do setor de automóveis produz peças para seus carros a partir das fibra de coco e de soja e das cascas de tomate. Pois em maio, foi a vez do CO2 entrar para o rol de materiais reaproveitados pela empresa.

A partir da captura e do processamento do gás de efeito estufa da atmosfera, engenheiros da empresa criaram um polímero a partir do qual foi desenvolvido um novo tipo de plástico que usa metade do petróleo que um plástico normal requer para ser produzido. Hoje, segundo a British Plastic Federation (BPF), 4% das emissões de CO2 no mundo vêm da produção de plásticos derivados do petróleo. E a adoção da novidade em larga escala pode representar uma redução no consumo de petróleo de até 270 mil toneladas ao ano.

Para os pesquisadores envolvidos no projeto, o plástico de CO2 deve chegar ao mercado em, no máximo, cinco anos. A julgar pelo ritmo de trabalho da Ford no desenvolvimento de outros materiais desse tipo – como a fibra de coco e de soja e as casca de tomate – é bem possível que o produto esteja rodando nos carros da marca antes disso.