Escolha uma Página

SÃO PAULO – Banhos demorados significam grandes gastos de água e energia. Isso todo mundo já sabe e mesmo assim poucos conseguem mudar os hábitos de banho. No entanto, um estudo das universidades de BonnBamberg e ETH Zurich conseguiu mostrar que quando ocorre o acompanhamento em tempo real dos gastos de água e energia, a tendência é que as pessoas reduzam o tempo de banho em 22%, em média.

No estudo, os dispositivos de medição foram instalados logo abaixo o chuveiro, o que permitia que dados sobre consumo de água e energia e a temperatura da água pudessem ser vistos pelo usuário. O simples fato de acompanhar os dados fez com que os usuários mudassem o comportamento imediatamente.”Esses sistemas dão ao usuário um feedback direto sobre as consequências de um banho demorado” disse  Thorsten Staake, presidente do Grupo de Sistemas de Eficiência Energética da Universidade de Bamberg.

Economia em tempo real
Os dispositivos de medição registaram o comportamento de banho dos indivíduos durante cerca de dois meses. Uma proporção dos indivíduos (selecionada aleatoriamente)  foi capaz de acompanhar ao vivo a quantidade de energia e água que usaram desde o início do banho, enquanto outros participantes não tiveram acesso à informação.

Leia mais: 
Da autoleitura ao hidrômetro inteligente: como o consumo de água será medido no futuro
Plataforma online auxilia empresas com a redução do consumo de água

O estudo mostrou que aqueles que receberam feedback imediato apresentaram em média queda no consumo de água e energia de 22% Para os que costumavam tomar banhos longos, a economia chegou a 30%.

Para os pesquisadores, o estudo mostra que a proteção ambiental é um tema muito aceito na sociedade, mas ainda falta muito para a sua implementação. A conclusão é que, basicamente, embora muitos queiram proteger os recursos naturais, isso acaba se perdendo na vida cotidiana e o banho é um exemplo disso. “A maioria das pessoas só tem uma vaga ideia de quão intenso é o consumo de água e energia em um único banho”, afirma Lorenz Götte do Instituto de Microeconomia Aplicada na Universidade de Bonn.