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SÃO PAULO – O Chile realizou um grande feito na história da energia renovável: em um leilão realizado em agosto, conseguiu chegar ao menor preço de todos os tempos de uma energia não subsidiada. O valor chega a ser 40% mais baixo do que o contratado no ano passado.

Um dos contratos se tornou o mais barato já visto no meio, de acordo com o site Bloomberg New Energy Finance. A empresa espanhola Solarpack Corp. venceu uma concorrência oferecendo 120 MW de energia solar por US$ 29,1 por megawatt-hora, ou seja, US$ 0,029 kilowatt-hora.  Para se ter uma ideia do quanto o preço é baixo, o custo da eletricidade em uma casa nos Estados Unidos é de U$ 0,12 kilowatt-hora.

“Com esse leilão, nós temos a confirmação de que estamos no caminho certo”, diz a presidente do Chile, Michelle Bachelet, referindo-se às políticas de energia. “São boas notícias para os bolsos dos chilenos, para o meio ambiente e também para a economia”. Desde 2013, a  energia solar ligada à rede nacional quadruplicou.

O governo estima que a conta das famílias chilenas e pequenas empresas deve cair entre 20 e 25% a partir de 2021. Isso porque muitos projetos tiraram vantagem da geografia e do clima do país para fornecer energia a preços baixos. O país tem a maior radiação solar do mundo, com 3 mil quilômetros de costa e grandes rios. O deserto de Atacama, por exemplo, é o mais alto e mais árido do mundo, e pode chegar a até 40° durante do dia. Haja sombra e água fresca.

Deserto de Atacama, no Chile,

Deserto de Atacama, no Chile, tem certa de 1 mil quilômetros de extensão (Foto: Thinkstock)