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SÃO PAULO – Até 2040, a produção de energia solar e eólica vai superar a produção de energia hidrelétrica no Brasil. As informações são do New Energy Outlook 2016, relatório sobre o futuro da produção de energia no mundo divulgado anualmente pela Bloomberg New Energy Finance (BNEF). Atualmente, 64% da energia produzida no País é de fonte hidrelétrica e 6% é solar e eólica. Em 2040, as proporções se invertem e a energia hidrelétrica passará a responder por 29% da matriz energética nacional – queda de 35 pontos percentuais – e a eólica e solar, por 43% – alta de 37 pontos percentuais. Estima-se que, em 2040, só o setor de energia eólica e solar atrairá cerca de US$ 237 bilhões, o que, hoje, equivale a mais de meio trilhão de reais.

Inicialmente, boa parte do avanço dessas tecnologias de produção de energia se deverá à evolução tecnológica, que barateará as soluções eólicas e solares. Com o tempo, porém, o volume de vendas do setor aumentará de tal forma que os preços cairão substancialmente graças aos ganhos em escala. No mesmo período, prevê o documento produzido pela BNEF, os investimentos no Brasil em energia hidrelétrica e de queima de combustíveis fósseis deve cair de forma expressiva. Em 2040, por exemplo, o aporte local em soluções hidrelétricas será de US$ 27 bilhões enquanto as soluções com base em combustíveis fósseis receberão US$ 24 bilhões – respectivamente, 8,7 vezes menos e 9,8 vezes menos, que o gasto com energia eólica e solar no mesmo ano.

O resultados apresentados pelo relatório coincidem com os números cada vez mais impressionantes do mercado de energias renováveis. Em 2015, por exemplo, 147 novos gigawatts de energia renovável passaram a ser gerados no mundo. É o maior acréscimo, em um ano, em capacidade de geração instalada da história do setor. A carga acrescida equivale à soma de toda produção de energia de todos os 54 países que compõem o continente Africano. Conheça outros dados do setor na matéria 10 números que mostram o boom da energia renovável pelo mundo, publicada pelo Juntos Pela Água em junho de 2016.

Com informações do eCycle