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SÃO PAULO – A saúde dos moradores da cidade de Rzeszow, no sudeste da Polônia, ganhou um novo e improvável aliado: o marisco de água doce. Desde o começo do mês, um time de moluscos da espécie Unio tumidus passou a ser usado pela companhia de distribuição de água local para monitorar a qualidade do recurso que chega às casas dos 182 mil cidadãos da cidade. Como detectores naturais de contaminantes como metais pesados, substâncias derivadas do petróleo, pesticidas agrícolas e compostos das famílias do cianeto e dos fenóis, eles foram escolhidos para agir como mais uma camada de detecção e proteção da qualidade da água municipal. “Em última instância, os mariscos agem como bio-indicadores”, afirma Maria Tendera, representante da companhia que provê serviços de saneamento básico à Rzeszow.

Instalados em um taque por onde circula a água de um rio do qual é retirada boa parte da água distribuída na cidade, os mariscos Unio tumidus são monitorados dia a noite por um conjunto de sensores que detecta pequenos movimentos em suas conchas. Se um número razoável de moluscos se movimentar, um computador emite um alerta aos funcionários da companhia de água e eles tomam as medidas necessárias para verificar a água sendo puxada do rio naquele momento. Segundo a companhia de água, os moluscos que tiveram pouca ou nenhuma exposição à impurezas na água são os que cumprem melhor a função de bio-indicadores já que eles são sensíveis até aos menores índices de poluição. Tudo para garantir a qualidade da água distribuída em Rzeszow.